A história da Rolls Royce começou pela paixão de Charles Rolls e Henry Royce pelos automóveis. Charles Rolls, o terceiro filho do barão de Llangattock, nasceu em Berkeley Square, em Londres a 27 de Agosto de 1887. Passou por Eton, estudou engenharia em Cambridge e em 1896 viajou para França onde foi comprar um Peugeot Phaeton, tendo-se tornado membro do exclusivo Automobile Club de France (ACF).

Em 1903, quando Charles Rolls ouviu falar dos automóveis que Henry Royce começara a produzir, foi procurá-lo a Manchester. O entendimento foi imediato e o empresário prometeu ao construtor que venderia todos os automóveis que ele conseguisse produzir. Foi a semente que permitiu germinar uma nova marca, a Rolls Royce, que nasceu oficialmente em 1904.

Pouco tempo depois, a revista britânica "Autocar" publicou um anúncio onde era publicitado "o primeiro, simples e silencioso Rolls Royce". Logo de início, a estratégia de produção apontava para a criação de uma gama de modelos com motores de dois, três, quatro e seis cilindros, utilizando tantos elementos comuns quanto possíveis.

O prestígio da marca teve um crescimento meteórico, e em 1906 já era reconhecida a grande fiabilidade dos modelos 40/50. A décima segunda unidade deste modelo, com a sua brilhante carroçaria prateada, foi apelidada de Silver Ghost, um nome que se viria a tornar mítico para a Rolls Royce.

Charles Rolls viria a trocar a paixão dos automóveis pela dos aviões e, se em 1911 foi o primeiro britânico a atravessar o Canal da Mancha, também foi o primeiro inglês a morrer num desastre aéreo. O seu avião despenhou-se em Hengistbury. Mas, nessa altura, a Rolls Royce já estava afirmada no mercado.